domingo, 7 de dezembro de 2014

Saturno


Saturno

Saturno  é a divindade romana mais complexa, conhecida pelos gregos como Cronos, o deus que representa o tempo. Parecia pairar sobre ele e sua família uma maldição, pois logo cedo ele expulsou o próprio pai, Urano, de sua posição soberana entre os deuses, já que o mesmo estava dominado pela insanidade, gerando muita confusão na esfera terrena. Pouco tempo depois, exercendo igualmente uma liderança tirânica, recebe uma profecia assustadora, a de que ele também seria deposto do trono por um de seus filhos.
deus romano  se casa com Réia, a qual simboliza a Terra. Ciente da predição paterna, ele devora todos os filhos, assim que nascem. Isto ocorre com Vesta, Ceres, Juno, Plutão e Netuno. Inconformada, sua esposa arma um plano para salvar Júpiter, o recém-nascido. Ela envolve uma pedra em alguns panos e a apresenta assim para o marido, tentando convencê-lo de que está lhe entregando o filho. Dominado pela gula, ele engole o objeto sem se dar conta do que ocorre, o que demonstra o caráter do tempo, o qual devora e destrói tudo que existe. Ao ingerir a pedra, ele vomita os filhos anteriormente devorados, os quais ajudam Júpiter, ao longo de dez anos de luta ferrenha, a derrotar Saturno.
Cumprindo o que fora previsto, ele é realmente exilado de seu reino, aprisionado no Tártaro, um local remoto e sombrio; depois ele reaparece no Lácio, região da Itália central, lá instaurando um período de paz e prosperidade, conhecido como a Idade do Ouro, transmitindo ao Homem os segredos da agricultura. É considerado um dos titãs - deuses que enfrentaram Zeus ou Júpiter -, gerado pela união entre o Céu, Urano, e a Terra, Gaia.
Na cidade italiana ele se transforma, adota um comportamento renovado e forma uma nova família. Roma, ciosa de que deve sua construção a Saturno, edificou-lhe um templo e um altar, localizados logo na entrada do Fórum, no Capitólio. Temerosos de que a divindade deixe o local que lhe serve de morada, ataram sua estátua com tiras de lã, só o liberando durante a realização das Saturnais, festas de caráter popular que ocorrem durante o Solstício de Inverno.
Estas festividades têm por objetivo restaurar temporariamente a era dourada em que a paz reinava absoluta. Ao longo de uma semana os dominadores servem seus escravos; todas as tarefas e combates são suspensos; fartos banquetes são servidos para todos. Essa atmosfera de liberdade chegava ao auge com a ocorrência de orgias desmedidas.
O dia em que Saturno reinava acima de todos os deuses era o sábado. Mas seu culto não ocorria igualmente em todo o império romano, concentrando-se decisivamente junto aos povos africanos. Na África sua adoração estava ligada às questões da fertilização da terra. Na Astrologia, ele é considerado um símbolo de extrema complexidade, próximo do qual os outros astros demonstram sua face sombria e perturbadora. Como um imã, Saturno atrai sombras, ruínas, violência, enfermidades e outros tantos problemas associados aos outros planetas.

Júpiter



Júpiter

Personagem da mitologia clássica, era filho de Saturno e de Reia.
À medida que Reia dava à luz, Saturno devorava todos os filhos varões. Júpiter e Juno nasceram do mesmo parto, e Reia, para salvar a vida do filho, apresentou-lhe a filha Juno e, em lugar de Júpiter, deu-lhe uma pedra embrulhada, que Saturno devorou imediatamente.
Reia deu Júpiter a criar aos Coribantes, sacerdotes de Cibele, filha do Céu e da Terra, que o levaram para Creta, onde foi amamentado pela cabra Amalteia. Júpiter cresceu e, quando descobriu a sua origem, pediu a Saturno que o aceitasse como herdeiro. Saturno, sabendo então que Júpiter havia nascido para governar todo o Universo, procurou, por todos os meios, contrariá-lo, mas Júpiter expulsou-o do céu e apoderou-se do trono do pai, tornando-se senhor do Céu e da Terra. Casou com a irmã Juno e fez a partilha do Universo com seus irmãos: reservou para si o céu, deu o império das águas a Neptuno e o império dos infernos a Plutão.
Júpiter, como senhor absoluto, representa-se sentado sobre uma águia, com um raio na mão.

Juno

Juno

Juno (Hera) é a esposa de Júpiter, deusa do casamento. Filha de Cronos. Se diz ser deusa da vegetação, mas ela também controla o olimpo. Júpiter a traiu várias vezes, o que causou muitas brigas (vistas, pelos antigos romanos, como as tempestades)

Baco


Baco

Baco, relativo a Dionísio na mitologia grega, é filho de Júpiter e a mortal Sêmele, era o deus do vinho e representava a embriaguez, porém também era um promotor da civilização, legislador e amante da paz.
Segundo a lenda, Sêmele pediu para Júpiter mostrar todo o seu esplendor para ela. Júpiter tentou dissuadi-la, porém ela insistiu, fazendo com que o deus mostrasse todo seu esplendor, o que provocou sua morte, pois Sêmele era apenas uma mortal.
Com sua morte, Júpiter pegou o feto, Baco, das cinzas e o colocou em sua perna, gerando assim, o deus do vinho.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Mitologia Romana

Mitologia Romana é o conjunto de crenças e práticas politeístas, ou seja adorando vários deuses com nomes diferentes dos deuses gregos, mas semelhante aos da Mitologia Grega.
Para os Romanos, homens e deuses teriam que viver em harmonia, tendo confiança mútua, sendo que os rituais e cultos aos deuses tinham como objetivo agradá-los, pois dos deuses dependiam a saúde, a proteção do Estado e o sucesso na guerra, as colheitas fartas, enfim, a prosperidade dos homens.
Ao contrário dos gregos, os romanos não especulavam sobre a origem dos deuses. Eles apenas cumpriam os rituais com exatidão, para garantir a harmonia para com os deuses. Muitos deuses foram incorporados a Mitologia Romana por pertencerem a regiões conquistadas pelos romanos.
Os principais deuses romanos eram:

Júpiter – deus do dia.
Apolo – deus do sol, da medicina, entre outros.

Juno – deusa protetora da mulher, do casamento e parto.

Marte – deus da guerra.

Vênus – deusa do amor e da beleza.

Diana – deusa da castidade, da lua e da caça.
Ceres – deusa da agricultura e da fecundidade da Terra
Baco – deus da alegria e do vinho.
Além desses deuses, os romanos também adoravam outros deuses, mais “próximos” ao seu cotidiano, e que eram “classificados” de acordo com suas atribuições, como:

Deuses Penates – protetores da família e das provisões.

Deuses Lares – protetores dos campos e do lar.
Deuses Diparates – protetores dos antepassados.
Deuses Manes – protetores dos espíritos dos parentes mortos.
Deuses Gênios – protetores da capacidade procriadora do homem.
Deuses Janu e Vesta – protetores das portas e do lar.

Assim como na Mitologia Grega, os deuses romanos tinham características dos humanos, como alguns sentimentos e a aparência fisíca. Porém, não tinham contato direto como os homens, como acontecia na Mitologia Grega.
Após calamidades causadas principalmente por guerras, a maioria da sociedade romana adotou uma atitude cética em relação aos deuses, por estes não terem lhes protegido, apesar dos rituais oferecidos.
Aproximadamente no século III a.C., a crença nos deuses foi dando espaço a religiões orientais com aspectos mitológico, com características como envolvimento pessoal, ritos de iniciação e sacrifícios. Após alguns séculos, o Cristianismo tornou-se a religião do povo, sendo reconhecido apenas em 313 d.C.

sábado, 27 de setembro de 2014

Édipo

Édipo

Édipo nasceu em Tebas e era descendente de seu mítico fundador, Cadmos. Seu avô foi Labdacos (o "coxo") e seu pai foi Laios (o "canhoto").
Laios casou-se com Jocasta e teriam sido felizes como reis de Tebas se não fosse um problema: não conseguiam ter filhos. Por essa razão, muito religiosos, foram consultar o Oráculo de Delfos.
No templo, a pitonisa délfica revelou que teriam um filho dentro de pouco tempo, mas que ele estava destinado a matar o pai e casar-se com a mãe.
Eles se alegraram pelo filho. Quando ele nasceu, Laios lembrou-se do oráculo e mandou os servos matarem o bebê.
Levaram-no para uma a floresta, furaram-lhe os pés e o amarraram de ponta cabeça em uma árvore para ser devorado pelos animais selvagens.
Passaram por ali uns pastores de Corinto e o levaram. Deram-no aos reis de Corinto, que também sofriam por não ter um filho. O rei e a rainha adotaram-no como se fosse seu, e lhe deram o nome de Édipo, que quer dizer "pés furados".
Quando cresceu, Édipo começou a sentir-se diferente dos seus concidadãos e foi consultar o Oráculo de Delfos. Aí soube que estava destinado a matar o próprio pai e a casar-se com a mãe. Horrorizado, decidiu não voltar a Corinto, Pegou o carro e foi para bem longe.
Em uma estrada estreita, nas montanhas, encontrou um carro maior na direção contrária. Tentou desviar-se mas os carros acabaram chocando-se de raspão. O cocheiro do outro carro xingou Édipo que, revoltado, o matou. Então o patrão do cocheiro avançou sobre Édipo, que o matou também. E continuou a viagem.
Chegou a Tebas e encontrou a cidade consternada por dois problemas: o rei tinha morrido e um monstro, a Esfinge, estabelecera-se na porta da cidade propondo um enigma. Como ninguém sabia responder, a Esfinge ia matando um por um. Jocasta tinha oferecido sua mão a quem livrasse a cidade desse monstro.
Édipo foi enfrentar a Esfinge. Era um ser estranho, com corpo de leão, patas de boi, asas de águia e rosto humano. Seu enigma: O que é que tem quatro pés de manhã, dois ao meio dia e três à tarde?
Édipo respondeu que era o homem, porque engatinha quando criança, passa a vida andando sobre dois pés mas,velho, tem que recorrer a uma bengala. A Esfinge matou-se e Édipo, casando-se com Jocasta, tornou-se o rei de Tebas.
Tiveram quatro filhos. Os gêmeos Eteócles e Poliníces, Antígona e Ismênia. Foram felizes durante muitos anos. Mas, depois, uma peste assolou a cidade.
Édipo quis ir consultar Delfos, mas foi aconselhado a chamar Tirésias, um velhinho cego e sábio que vivia em Tebas. Este revelou que a causa era o assassino de Laios, que continuava na cidade. Édipo prometeu prendê-lo e matá-lo, mas o sábio revelou que ele mesmo era o assassino, porque Laios era o dono do carro que ele enfrentara.
Jocasta, envergonhada, suicidou-se. Édipo furou os próprios olhos e renunciou ao trono. Cego, precisou ser guiado por Antígona para ir a Delfos. Aí soube que devia ir a um bosque sagrado, em Colonos, perto de Atenas. Ajudado por Teseu, rei de Atenas, chegou lá. Encontrou um lago, onde tomou banho, e uma caverna, onde penetrou depois de mudar de roupa. Entrou na eternidade.

Os Doze Trabalhos de Hércules

Hércules

Filho de Júpiter e Alcmena, Hércules, que era um semideus, sofreu desde o seu nascimento as perseguições de Juno, esposa de Júpiter, por causa dos ciúmes que este provocava com seus romances com mulheres mortais. Em uma ocasião, ela enviou duas serpentes para matá-lo, quando ainda estava no berço, mas Hércules as matou com as próprias mãos.
Como não conseguiu matá-lo, Juno fez com que Hércules ficasse sob as ordens de Euristeus e obrigado a obedecê-lo em tudo. Euristeus fez com que ele executasse façanhas perigosas e que ficaram conhecidas como “Os Doze Trabalhos de Hércules”. Tais trabalhos não poderiam ser executados por pessoas comuns, meros mortais. Eles eram os seguintes:
  1. Matar o Leão que apavorava a cidade de Neméia, e levar a pele até Euristeus. Hércules vendo que não conseguia vitória com sua clava ou suas setas matou-o com as próprias mãos. Chegando a frente de Euristeus, este ficou tão assustado com a demonstração de força de Hércules, que ordenou que as próximas provas de vitória fossem feitas fora da cidade.
  2. Havia um monstro, a hidra de Lerna, que devastava a região de Argos e habitava um pântano perto do povo de Amione.  O monstro tinha nove cabeças, sendo que a do meio era imortal, sendo que a cada cabeça que Hércules matava, outras duas surgiam em seu lugar. Com a ajuda de seu servo Iolaus, Hércules conseguiu queimar as cabeças e enterrou a nona, a imortal, debaixo de um grande rochedo.
  3. Outro grande trabalho foi a limpeza dos estábulos de Áugias, rei de Élida, que tinha um rebanho de três mil bois, Seus estábulos não eram limpos há trinta anos e Hércules desviou o curso dos rios Alfeu e Peneu, fazendo-os passar por dentro dos estábulos, limpando-os.
  4. Admeta, filha de Euristeus, desejava muito possuir o cinto de ouro de Hipólita, a rainha das amazonas, que era um povo constituído apenas de mulheres e propensas a guerrear. Hércules foi incumbido de buscar o cinto de ouro e assim o fez, com ajuda de alguns voluntários.
  5. O trabalho seguinte foi levar a Euristeus os bois de Gerião, monstro de três cabeças que vivia na Ilha de Eritéia, da qual Gerião era o rei. Depois de uma longa viagem, Hércules chega à fronteira da Líbia e Europa onde, segundo a lenda, abriu uma passagem no meio de uma montanha, dando origem ao Estreito de Gibraltar (canal que separa a Europa da África). Para consegui os bois, Hércules teve de matar o gigante Eurítion e seu cão de duas cabeças.
  6. Outro trabalho foi colher os pomos de ouro das Hespérides, filhas de Héspero. Os pomos eram maçãs dedicadas à Juno, por ocasião de seu casamento e eram vigiadas por um dragão. Com a ajuda de Atlas, titã que fora condenada a sustentar o firmamento nas costas, Hércules conseguiu as maçãs e entregou-as a Euristeus. Alguns estudiosos acreditam que os pomos de ouro eram as laranjas da Espanha.
  7. Precisou, também, caçar a Corsa de Cerínia, um animal lendário com chifres de ouro e pés de bronze. Por causa da grande velocidade com que o animal se locomovia, Hércules demorou um ano para capturá-la e levá-la a Euristeus.
  8. O javali de Erimanto foi outro trabalho ao qual Hércules se viu forçado a executar. Depois de cansá-lo e capturá-lo vivo, levou- até Euristeus, que ao vê-lo sentiu tanto medo que foi se esconder dentro de um caldeirão de bronze.
  9. No lago Estínfalo, com setas envenenadas, conseguiu matar os monstros cujas asas, cabeça e bico eram de ferro, e que, pelo seu gigantesco tamanho, interceptavam no vôo os raios do Sol. Eram as aves do Lago Erimanto.
  10. Outra tarefa era levar o Touro de Creta vivo até Euristeu. O touro era enraivecido e aterrorizava o povo da ilha grega de Creta, pois Poseidon, o deus dos mares, o havia oferecido a Minos, rei local. Hércules não só capturou-o como, montado no animal, levou-o até Euristeu.
  11. Diómedes, rei da Trácia, filho de Ares, possuía cavalos que vomitavam fumo e fogo, e que, por ordem de seu dono, comiam os estrangeiros que as tempestades jogavam em seu país. Hércules, cumprindo mais um de seus trabalhos, entregou-o à voracidade de seus próprios animais.
  12. Por último, foi incumbido de trazer do inferno, o cão Cérbero, que guardava a entrada do mundo das profundezas.Hades, senhor do mundo inferior, autorizou Hércules a levar o cão, desde que o dominasse sem usar nenhuma arma, o que foi feito e, após mostrá-lo a Euristeus, devolveu-o às profundezas.
Assim, viu-se satisfeitos os doze trabalhos de Hércules.