domingo, 7 de dezembro de 2014

Saturno


Saturno

Saturno  é a divindade romana mais complexa, conhecida pelos gregos como Cronos, o deus que representa o tempo. Parecia pairar sobre ele e sua família uma maldição, pois logo cedo ele expulsou o próprio pai, Urano, de sua posição soberana entre os deuses, já que o mesmo estava dominado pela insanidade, gerando muita confusão na esfera terrena. Pouco tempo depois, exercendo igualmente uma liderança tirânica, recebe uma profecia assustadora, a de que ele também seria deposto do trono por um de seus filhos.
deus romano  se casa com Réia, a qual simboliza a Terra. Ciente da predição paterna, ele devora todos os filhos, assim que nascem. Isto ocorre com Vesta, Ceres, Juno, Plutão e Netuno. Inconformada, sua esposa arma um plano para salvar Júpiter, o recém-nascido. Ela envolve uma pedra em alguns panos e a apresenta assim para o marido, tentando convencê-lo de que está lhe entregando o filho. Dominado pela gula, ele engole o objeto sem se dar conta do que ocorre, o que demonstra o caráter do tempo, o qual devora e destrói tudo que existe. Ao ingerir a pedra, ele vomita os filhos anteriormente devorados, os quais ajudam Júpiter, ao longo de dez anos de luta ferrenha, a derrotar Saturno.
Cumprindo o que fora previsto, ele é realmente exilado de seu reino, aprisionado no Tártaro, um local remoto e sombrio; depois ele reaparece no Lácio, região da Itália central, lá instaurando um período de paz e prosperidade, conhecido como a Idade do Ouro, transmitindo ao Homem os segredos da agricultura. É considerado um dos titãs - deuses que enfrentaram Zeus ou Júpiter -, gerado pela união entre o Céu, Urano, e a Terra, Gaia.
Na cidade italiana ele se transforma, adota um comportamento renovado e forma uma nova família. Roma, ciosa de que deve sua construção a Saturno, edificou-lhe um templo e um altar, localizados logo na entrada do Fórum, no Capitólio. Temerosos de que a divindade deixe o local que lhe serve de morada, ataram sua estátua com tiras de lã, só o liberando durante a realização das Saturnais, festas de caráter popular que ocorrem durante o Solstício de Inverno.
Estas festividades têm por objetivo restaurar temporariamente a era dourada em que a paz reinava absoluta. Ao longo de uma semana os dominadores servem seus escravos; todas as tarefas e combates são suspensos; fartos banquetes são servidos para todos. Essa atmosfera de liberdade chegava ao auge com a ocorrência de orgias desmedidas.
O dia em que Saturno reinava acima de todos os deuses era o sábado. Mas seu culto não ocorria igualmente em todo o império romano, concentrando-se decisivamente junto aos povos africanos. Na África sua adoração estava ligada às questões da fertilização da terra. Na Astrologia, ele é considerado um símbolo de extrema complexidade, próximo do qual os outros astros demonstram sua face sombria e perturbadora. Como um imã, Saturno atrai sombras, ruínas, violência, enfermidades e outros tantos problemas associados aos outros planetas.

Júpiter



Júpiter

Personagem da mitologia clássica, era filho de Saturno e de Reia.
À medida que Reia dava à luz, Saturno devorava todos os filhos varões. Júpiter e Juno nasceram do mesmo parto, e Reia, para salvar a vida do filho, apresentou-lhe a filha Juno e, em lugar de Júpiter, deu-lhe uma pedra embrulhada, que Saturno devorou imediatamente.
Reia deu Júpiter a criar aos Coribantes, sacerdotes de Cibele, filha do Céu e da Terra, que o levaram para Creta, onde foi amamentado pela cabra Amalteia. Júpiter cresceu e, quando descobriu a sua origem, pediu a Saturno que o aceitasse como herdeiro. Saturno, sabendo então que Júpiter havia nascido para governar todo o Universo, procurou, por todos os meios, contrariá-lo, mas Júpiter expulsou-o do céu e apoderou-se do trono do pai, tornando-se senhor do Céu e da Terra. Casou com a irmã Juno e fez a partilha do Universo com seus irmãos: reservou para si o céu, deu o império das águas a Neptuno e o império dos infernos a Plutão.
Júpiter, como senhor absoluto, representa-se sentado sobre uma águia, com um raio na mão.

Juno

Juno

Juno (Hera) é a esposa de Júpiter, deusa do casamento. Filha de Cronos. Se diz ser deusa da vegetação, mas ela também controla o olimpo. Júpiter a traiu várias vezes, o que causou muitas brigas (vistas, pelos antigos romanos, como as tempestades)

Baco


Baco

Baco, relativo a Dionísio na mitologia grega, é filho de Júpiter e a mortal Sêmele, era o deus do vinho e representava a embriaguez, porém também era um promotor da civilização, legislador e amante da paz.
Segundo a lenda, Sêmele pediu para Júpiter mostrar todo o seu esplendor para ela. Júpiter tentou dissuadi-la, porém ela insistiu, fazendo com que o deus mostrasse todo seu esplendor, o que provocou sua morte, pois Sêmele era apenas uma mortal.
Com sua morte, Júpiter pegou o feto, Baco, das cinzas e o colocou em sua perna, gerando assim, o deus do vinho.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Mitologia Romana

Mitologia Romana é o conjunto de crenças e práticas politeístas, ou seja adorando vários deuses com nomes diferentes dos deuses gregos, mas semelhante aos da Mitologia Grega.
Para os Romanos, homens e deuses teriam que viver em harmonia, tendo confiança mútua, sendo que os rituais e cultos aos deuses tinham como objetivo agradá-los, pois dos deuses dependiam a saúde, a proteção do Estado e o sucesso na guerra, as colheitas fartas, enfim, a prosperidade dos homens.
Ao contrário dos gregos, os romanos não especulavam sobre a origem dos deuses. Eles apenas cumpriam os rituais com exatidão, para garantir a harmonia para com os deuses. Muitos deuses foram incorporados a Mitologia Romana por pertencerem a regiões conquistadas pelos romanos.
Os principais deuses romanos eram:

Júpiter – deus do dia.
Apolo – deus do sol, da medicina, entre outros.

Juno – deusa protetora da mulher, do casamento e parto.

Marte – deus da guerra.

Vênus – deusa do amor e da beleza.

Diana – deusa da castidade, da lua e da caça.
Ceres – deusa da agricultura e da fecundidade da Terra
Baco – deus da alegria e do vinho.
Além desses deuses, os romanos também adoravam outros deuses, mais “próximos” ao seu cotidiano, e que eram “classificados” de acordo com suas atribuições, como:

Deuses Penates – protetores da família e das provisões.

Deuses Lares – protetores dos campos e do lar.
Deuses Diparates – protetores dos antepassados.
Deuses Manes – protetores dos espíritos dos parentes mortos.
Deuses Gênios – protetores da capacidade procriadora do homem.
Deuses Janu e Vesta – protetores das portas e do lar.

Assim como na Mitologia Grega, os deuses romanos tinham características dos humanos, como alguns sentimentos e a aparência fisíca. Porém, não tinham contato direto como os homens, como acontecia na Mitologia Grega.
Após calamidades causadas principalmente por guerras, a maioria da sociedade romana adotou uma atitude cética em relação aos deuses, por estes não terem lhes protegido, apesar dos rituais oferecidos.
Aproximadamente no século III a.C., a crença nos deuses foi dando espaço a religiões orientais com aspectos mitológico, com características como envolvimento pessoal, ritos de iniciação e sacrifícios. Após alguns séculos, o Cristianismo tornou-se a religião do povo, sendo reconhecido apenas em 313 d.C.

sábado, 27 de setembro de 2014

Édipo

Édipo

Édipo nasceu em Tebas e era descendente de seu mítico fundador, Cadmos. Seu avô foi Labdacos (o "coxo") e seu pai foi Laios (o "canhoto").
Laios casou-se com Jocasta e teriam sido felizes como reis de Tebas se não fosse um problema: não conseguiam ter filhos. Por essa razão, muito religiosos, foram consultar o Oráculo de Delfos.
No templo, a pitonisa délfica revelou que teriam um filho dentro de pouco tempo, mas que ele estava destinado a matar o pai e casar-se com a mãe.
Eles se alegraram pelo filho. Quando ele nasceu, Laios lembrou-se do oráculo e mandou os servos matarem o bebê.
Levaram-no para uma a floresta, furaram-lhe os pés e o amarraram de ponta cabeça em uma árvore para ser devorado pelos animais selvagens.
Passaram por ali uns pastores de Corinto e o levaram. Deram-no aos reis de Corinto, que também sofriam por não ter um filho. O rei e a rainha adotaram-no como se fosse seu, e lhe deram o nome de Édipo, que quer dizer "pés furados".
Quando cresceu, Édipo começou a sentir-se diferente dos seus concidadãos e foi consultar o Oráculo de Delfos. Aí soube que estava destinado a matar o próprio pai e a casar-se com a mãe. Horrorizado, decidiu não voltar a Corinto, Pegou o carro e foi para bem longe.
Em uma estrada estreita, nas montanhas, encontrou um carro maior na direção contrária. Tentou desviar-se mas os carros acabaram chocando-se de raspão. O cocheiro do outro carro xingou Édipo que, revoltado, o matou. Então o patrão do cocheiro avançou sobre Édipo, que o matou também. E continuou a viagem.
Chegou a Tebas e encontrou a cidade consternada por dois problemas: o rei tinha morrido e um monstro, a Esfinge, estabelecera-se na porta da cidade propondo um enigma. Como ninguém sabia responder, a Esfinge ia matando um por um. Jocasta tinha oferecido sua mão a quem livrasse a cidade desse monstro.
Édipo foi enfrentar a Esfinge. Era um ser estranho, com corpo de leão, patas de boi, asas de águia e rosto humano. Seu enigma: O que é que tem quatro pés de manhã, dois ao meio dia e três à tarde?
Édipo respondeu que era o homem, porque engatinha quando criança, passa a vida andando sobre dois pés mas,velho, tem que recorrer a uma bengala. A Esfinge matou-se e Édipo, casando-se com Jocasta, tornou-se o rei de Tebas.
Tiveram quatro filhos. Os gêmeos Eteócles e Poliníces, Antígona e Ismênia. Foram felizes durante muitos anos. Mas, depois, uma peste assolou a cidade.
Édipo quis ir consultar Delfos, mas foi aconselhado a chamar Tirésias, um velhinho cego e sábio que vivia em Tebas. Este revelou que a causa era o assassino de Laios, que continuava na cidade. Édipo prometeu prendê-lo e matá-lo, mas o sábio revelou que ele mesmo era o assassino, porque Laios era o dono do carro que ele enfrentara.
Jocasta, envergonhada, suicidou-se. Édipo furou os próprios olhos e renunciou ao trono. Cego, precisou ser guiado por Antígona para ir a Delfos. Aí soube que devia ir a um bosque sagrado, em Colonos, perto de Atenas. Ajudado por Teseu, rei de Atenas, chegou lá. Encontrou um lago, onde tomou banho, e uma caverna, onde penetrou depois de mudar de roupa. Entrou na eternidade.

Os Doze Trabalhos de Hércules

Hércules

Filho de Júpiter e Alcmena, Hércules, que era um semideus, sofreu desde o seu nascimento as perseguições de Juno, esposa de Júpiter, por causa dos ciúmes que este provocava com seus romances com mulheres mortais. Em uma ocasião, ela enviou duas serpentes para matá-lo, quando ainda estava no berço, mas Hércules as matou com as próprias mãos.
Como não conseguiu matá-lo, Juno fez com que Hércules ficasse sob as ordens de Euristeus e obrigado a obedecê-lo em tudo. Euristeus fez com que ele executasse façanhas perigosas e que ficaram conhecidas como “Os Doze Trabalhos de Hércules”. Tais trabalhos não poderiam ser executados por pessoas comuns, meros mortais. Eles eram os seguintes:
  1. Matar o Leão que apavorava a cidade de Neméia, e levar a pele até Euristeus. Hércules vendo que não conseguia vitória com sua clava ou suas setas matou-o com as próprias mãos. Chegando a frente de Euristeus, este ficou tão assustado com a demonstração de força de Hércules, que ordenou que as próximas provas de vitória fossem feitas fora da cidade.
  2. Havia um monstro, a hidra de Lerna, que devastava a região de Argos e habitava um pântano perto do povo de Amione.  O monstro tinha nove cabeças, sendo que a do meio era imortal, sendo que a cada cabeça que Hércules matava, outras duas surgiam em seu lugar. Com a ajuda de seu servo Iolaus, Hércules conseguiu queimar as cabeças e enterrou a nona, a imortal, debaixo de um grande rochedo.
  3. Outro grande trabalho foi a limpeza dos estábulos de Áugias, rei de Élida, que tinha um rebanho de três mil bois, Seus estábulos não eram limpos há trinta anos e Hércules desviou o curso dos rios Alfeu e Peneu, fazendo-os passar por dentro dos estábulos, limpando-os.
  4. Admeta, filha de Euristeus, desejava muito possuir o cinto de ouro de Hipólita, a rainha das amazonas, que era um povo constituído apenas de mulheres e propensas a guerrear. Hércules foi incumbido de buscar o cinto de ouro e assim o fez, com ajuda de alguns voluntários.
  5. O trabalho seguinte foi levar a Euristeus os bois de Gerião, monstro de três cabeças que vivia na Ilha de Eritéia, da qual Gerião era o rei. Depois de uma longa viagem, Hércules chega à fronteira da Líbia e Europa onde, segundo a lenda, abriu uma passagem no meio de uma montanha, dando origem ao Estreito de Gibraltar (canal que separa a Europa da África). Para consegui os bois, Hércules teve de matar o gigante Eurítion e seu cão de duas cabeças.
  6. Outro trabalho foi colher os pomos de ouro das Hespérides, filhas de Héspero. Os pomos eram maçãs dedicadas à Juno, por ocasião de seu casamento e eram vigiadas por um dragão. Com a ajuda de Atlas, titã que fora condenada a sustentar o firmamento nas costas, Hércules conseguiu as maçãs e entregou-as a Euristeus. Alguns estudiosos acreditam que os pomos de ouro eram as laranjas da Espanha.
  7. Precisou, também, caçar a Corsa de Cerínia, um animal lendário com chifres de ouro e pés de bronze. Por causa da grande velocidade com que o animal se locomovia, Hércules demorou um ano para capturá-la e levá-la a Euristeus.
  8. O javali de Erimanto foi outro trabalho ao qual Hércules se viu forçado a executar. Depois de cansá-lo e capturá-lo vivo, levou- até Euristeus, que ao vê-lo sentiu tanto medo que foi se esconder dentro de um caldeirão de bronze.
  9. No lago Estínfalo, com setas envenenadas, conseguiu matar os monstros cujas asas, cabeça e bico eram de ferro, e que, pelo seu gigantesco tamanho, interceptavam no vôo os raios do Sol. Eram as aves do Lago Erimanto.
  10. Outra tarefa era levar o Touro de Creta vivo até Euristeu. O touro era enraivecido e aterrorizava o povo da ilha grega de Creta, pois Poseidon, o deus dos mares, o havia oferecido a Minos, rei local. Hércules não só capturou-o como, montado no animal, levou-o até Euristeu.
  11. Diómedes, rei da Trácia, filho de Ares, possuía cavalos que vomitavam fumo e fogo, e que, por ordem de seu dono, comiam os estrangeiros que as tempestades jogavam em seu país. Hércules, cumprindo mais um de seus trabalhos, entregou-o à voracidade de seus próprios animais.
  12. Por último, foi incumbido de trazer do inferno, o cão Cérbero, que guardava a entrada do mundo das profundezas.Hades, senhor do mundo inferior, autorizou Hércules a levar o cão, desde que o dominasse sem usar nenhuma arma, o que foi feito e, após mostrá-lo a Euristeus, devolveu-o às profundezas.
Assim, viu-se satisfeitos os doze trabalhos de Hércules.

Narciso

Narciso

Narciso, um jovem de extrema beleza, era filho do deus-rio Cephisus e da ninfa Liriope. No entanto, apesar de atrair e despertar cobiça nas ninfas e donzelas, Narciso preferia viver só, pois não havia encontrado ninguém que julgasse merecer seu amor. E foi o seu desprezo pelos outros que o derrotou.
Quando Narciso nasceu, sua mãe consultou o adivinho Tirésias que lhe predisse que Narciso viveria muitos anos desde que nunca conhecesse a si mesmo. Narciso cresceu tornando-se cada vez mais belo e todas as moças e ninfas queriam seu amor, mas ele desprezava a todas. Certo dia, enquanto Narciso descansava sob as sombras do bosque, a ninfa Eco se apaixonou por ele. Porém tendo-a rejeitado, as ninfas jogaram-lhe uma maldição: - Que Narciso ame com a mesma intensidade, sem poder possuir a pessoa amada. Nêmesis, a divindade punidora, escutou e atendeu ao pedido. 
Naquela região havia uma fonte límpida de águas cristalinas da qual ninguém havia se aproximado. Ao se inclinar para beber água da fonte, Narciso viu sua própria imagem refletida e encantou-se com sua visão. Fascinado, Narciso ficou a contemplar o lindo rosto, com aqueles belos olhos e a beleza dos lábios, apaixonou-se pela imagem sem saber que era a sua própria imagem refletida no espelho das águas.
Por várias vezes Narciso tentou alcançar aquela imagem dentro da água mas inutilmente; não conseguia reter com um abraço aquele ser encantador. Esgotado, Narciso deitou na relva e aos poucos seu corpo foi desaparecendo. No seu lugar, surgiu uma flor amarela com pétalas brancas no centro que passou a se chamar, Narciso.

Aquiles

Estátua de Aquiles


Aquiles era filho de Tétis a Ninfa Marinha, e de Peleu, Rei dos mirmidões da Tessália. Ao nascer sua mãe o segurou pelos calcanhares e o mergulhou de cabeça para baixo no Estige, rio que dava sete voltas no inferno, e deu a Aquiles o poder da invulnerabilidade, ou seja, nada penetrava o corpo de Aquiles.
Uma profecia condenava Aquiles a morrer jovem no campo de batalha, e esta profecia fez com que seu pai Peleu, o criasse como menina na Corte Licomedes, na ilha de Ciros. Ulisses sabia que somente com a ajuda de Aquiles com seu poder, venceriam a guerra contra Troia, recorreu a ardil para identificá-lo entre as moças, Aquiles foi convencido a marchar para Troia.No décimo ano de luta, capturou a jovem Briseida, que lhe foi tomada por Agamenon, chefe supremo dos Gregos, revoltado Aquiles retirou-se da guerra, e o convenceram a dar a armadura que usava ao seu amigo Pátroclo. Heitor filho do rei de Tróia, matou Pátroclo e para vingar Aquiles faz as pazes com Agamenon, para ter a oportunidade de enfrentar Heitor.
Aquiles mata Heitor e arrasta seu corpo em torno da sepultura de Pátroclo, porem, Páris, irmão de Heitor, atirou uma flecha envenenada em Aquiles, e atingiu seu único ponto vulnerável, os calcanhares, local que sua mãe segurou para mergulhá-lo no rio. E dai que surgiu a expressão “calcanhar de Aquiles”, quando se refere a ponto fraco, de alguém ou de algo.

Aracne

Aracne
Aracne era uma jovem muito habilidosa quando ia tecer e fiar. Sua habilidade era incrível, pois ela transformava os mais rudes velos de carneiro, nas mais belas tecelagens, e por isso, seu trabalho chamava atenção de todos, inclusive de reis. Certo dia, um rei foi buscar uma encomenda, e ao vesti-la disse que só Atena seria capaz de criar algo mais bonito do que aquilo! Esse comentário irritou muito Aracne, e a mesma disse que iria desafiar Atena, pra saber qual seria o melhor trabalho. O rei a alertou que ela não deveria desafiar Atena, mas já era tarde demais, a deusa já havia aparecido com dois teares, para o desafio.
Então, as duas começaram a trabalhar, criado lindas tecelagens. Em certo momento, ao olhar para a obra de Aracne, Atena se irritou com a ousadia da moça, e disse que Aracne realmente tecia bem, porém que ninguém iria dizer que a deusa tecia coisas menos bonitas que Aracne, então a deusa propôs algo: se Aracne aceitasse acabar com o desafio, a deusa a transformaria na maior fiandeira e tecelã de todos os tempos! Aracne aceitou, e apóa isso, a deusa a transformou em uma aranha

Jasão e o Velocino de Ouro

Jasão

Este mito é sobre Esão,rei de Tessália, que cedeu a coroa à seu irmão,Pélias, mas este teria que entregar a coroa ao filho de Esão, Jasão assim que chegasse a idade de governar. Por achar que ele era inexperiente, Pélias não cedeu à coroa e o mandou trazer o Velocino de Ouro da ilha de Colcos,como um grande feito.
Jasão reuniu os jovens mais valentes da Grécia para acompanhá-lo e mandou construir um navio para transportá-los dando o nome de Argo e os que o tripulavam de argonautas.
Chegando à ilha de Colcos, falaram com o Rei Aetes que propôs que enfrentasse três provas, a primeira combater dois touros. Quando os touros se aproximaram, Jasão deu-lhes um punhado de cereal e aproveitou para afagá-los, e assim os dominando. Acabada a prova ele se deparou com Medéia, filha de Aetes, ela lhe deu um talismã para ajudá-lo a combater os guerreiros. Quando sentiu que suas forças se acabavam, jogou o talismã e os guerreiros começaram a lutar entre si até a morte. Medéia mandou Jasão combater o dragão naquela noite, caso contrário, seu pai não o deixaria sair da ilha. Deu a ele um frasco que fez o dragão dormir enquanto pegava o Velocino de Ouro. Logo Jasão acordou os companheiros e se preparam para voltar para Tessália,levando consigo Medéia. Um vigia avisou Aetes que foi partiu atrás do navio, e para despistá-los Medéi invocou os ventos para uma fuga mais rápida.
Quando chegaram em Tessália, Esão estava muito doente e Jasão pediu para que Medéia utilizasse algum feitiço para ajudá-lo. Para isso ele teria que matar o próprio pai, não tendo esta coragem Medéia o fez por ele e Esão reviveu mais jovem. Jasão queria que o pai assumisse o trono, mas este não concordou, e disse que mandaria Pélias renunciar o cargo e Jasão viraria rei. Ele pediu Medéia em casamento, mas ela recusou, dizendo que ele era covarde.


Dédalo e Ícaro

Dédalo e Ícaro

Dédalo era um inventor, muito conhecido por seus trabalhos de arquitetura que fez para Minos, rei de Creta. Construiu um palácio em Cnossos, e sob este um labirinto, lugar perfeito para esconder tesouros e prender seres indesejáveis. Foi neste labirinto que Minos prendeu o Minotauro. Ninguém conseguia sair do labirinto, ou morria ou não conseguia sair do local. Dédalo, o artesão-chefe, estava exilado porque deu à filha de Minos, Ariadne, um novelo de linha de modo a ajudar Teseu, um inimigo de Minos, a sobreviver ao Labirinto e derrotar o minotauro. Dédalo confeccionou dois pares de asas, usando penas e cera, para ele mesmo e seu filho. Antes de deixarem aquela ilha, Dédalo avisou ao seu filho não voar tão rente ao sol, pois o calor derreteria a cera, nem tão rente ao mar, pois a humidade deixaria as asas mais pesadas levando-o a cair no mar. Graças à enorme liberdade que voar deu a Ícaro, este cruzou curiosamente o céu, mas durante o processo ele veio rente ao sol, que derreteu a cera. Ícaro se manteve batendo as asas mas logo acreditou que já não lhe sobrava qualquer pena daquelas e que ele estava batendo apenas os seus próprios braços. E assim, Ícaro caiu no mar na região que recebeu o nome dele – o mar Icário próximo a Icaria, uma ilha a sudoeste de Samos. Escritores helenísticos que deram sabedoria filosófica ao mito também preferiram mais realidade, na qual deixar Creta era então por água, provida por Pasífae, para que Dédalo criou os primeiros barcos, para Minos possuir galeras, e que Ícaro caiu a caminho da Sicília e se afogou. Hércules construiu um túmulo a ele


O Rei Midas

Midas

Um mito bastante conhecido tanto entre gregos quanto por romanos foi o do Rei Midas. Como todo mito da Antiguidade Clássica, o objetivo com a difusão das peripécias de Midas era lançar luz sobre a ganância humana.
Midas era rei da Frígia e filho do camponês Górdio. A sua realeza foi herdada do pai, após este ter sido escolhido pelo povo do local, que entendia a chegada de Górdio como o cumprimento de uma profecia de um oráculo. A profecia dizia que o rei da Frígia chegaria em uma carroça e, enquanto a população estava discutindo sobre este destino, chegou Górdio com a mulher e o filho em uma carroça. Após sua morte, Midas tornou-se o rei.
Certo dia, Midas recebeu a visita de alguns camponeses que levaram a ele um velho, bêbado e perdido, que haviam encontrado em um dos caminhos do reino. Midas reconheceu o velho: era Sileno, mestre e pai de criação de Baco. Midas cuidou de Sileno e o levou a Baco. O deus da vinha e do vinho, muito benevolente, concedeu um pedido a Midas. Este, sem refletir muito, pediu o dom de transformar em ouro tudo o que por ele fosse tocado. Mesmo percebendo a ânsia gananciosa de Midas, Baco realizou o pedido.
O rei Midas voltou para casa feliz e também surpreso com a capacidade por ele adquirida. Transformou várias coisas em ouro pelo caminho: pedras, folhagens, frutos... Ao chegar a sua casa, ordenou aos criados que servissem a ele um banquete. Ao tocar no pão, este foi transformado em ouro. Ao pegar a taça de vinho e tocar com seus lábios na bebida, esta se transformou em ouro líquido. Midas ficou desesperado ao perceber que jamais poderia se alimentar novamente. Sua filha, Phoebe, vendo seu desespero tentou socorrê-lo e, ao tocá-lo, transformou-se em uma estátua de ouro.
Mais desesperado ainda Midas orou a Baco, pedindo que este o livrasse daquilo que, na verdade, era uma maldição. Baco consentiu e disse a Midas que deveria se banhar na fonte do rio Pactolo para que pudesse se lavar do castigo. Ao se lavar, Midas passou às águas do rio o poder de tudo transformar em ouro, sendo que a areia do Pactolo se tornou dourada.
Arrependido de sua ganância, Midas voltou aos campos, passando a morar longe das cidades.

Orfeu e Eurídice

Orfeu e Eurídice

Grande herói da Trácia, Orfeu era conhecido não pelas suas qualidades de guerreiro, mas pelas suas qualidades musicais.Filho de Apolo e da musa Calíope, recebeu do pai uma lira como presente e aprendeu a tocar com tanta dedicação ebeleza, que ninguém conseguia ficar indiferente ao encanto da sua música. Tanto os seres humanos como os animais, ediz-se que até as árvores e os rochedos, se rendiam ao seu fascínio.

Orfeu amava apaixonadamente a ninfa Eurídice. No dia do casamento de ambos, esteve presente Himeneu para abençoara união, mas o fumo da sua tocha fez lacrimejar os noivos, o que não trouxe augúrios favoráveis. Pouco tempo depois,Eurídice passeava com as ninfas, quando foi surpreendida pelo pastor Aristeu, que, ao vê-la, se apaixonou perdidamente tentou conquistá-la. Na sua fuga, Eurídice pisou uma cobra e morreu da mordedura que esta lhe fez no pé. 
Orfeu, inconsolável, tocou e cantou aos homens e aos deuses, mas nada conseguiu. Decidiu, então, descer ao reino dosmortos para conseguir recuperar Eurídice. Perante o trono de Hades e Perséfone, Orfeu cantou o seu desgosto e o seuamor dizendo que, se não lhe devolvessem Eurídice, ele próprio ficaria ali com ela, no reino dos mortos. Todos os fantasmas que o ouviam choravam e Hades e Perséfone ficaram tão comovidos que lhe devolveram Eurídice. Mas comuma condição: Orfeu poderia levar Eurídice, mas não poderia olhá-la antes de terem alcançado o mundo superior.Caminhando na frente, Orfeu, que estava quase a chegar aos portões de Hades, com receio de ter sido enganado porHades, virou-se para trás para confirmar se Eurídice o seguia. Esta, com os olhos cheios de lágrimas, foi levada para omundo dos mortos, por uma força irreversível. Orfeu tentou alcançá-la, mas sem êxito. 
Profundamente triste, Orfeu ficou na margem do rio, durante sete dias, sem comer nem dormir, suplicando a volta deEurídice. Depois, vagueou triste e solitário pelo mundo, sem nunca mais querer saber de mulher alguma e repelindo todasaquelas que o tentavam seduzir, até que um dia, as mulheres da Trácia, enfurecidas pelo seu desprezo, o mataram. O seucorpo foi atirado ao rio Ebro e levado até à ilha de Lesbos, onde, durante muito tempo, a cabeça de Orfeu, presa numarocha, proferia oráculos. A sua lira foi colocada num templo de Lesbos. 
Outra lenda diz que as musas enterraram Orfeu, em Limetra, num túmulo onde o rouxinol canta mais suavemente do que em qualquer outra parte da Grécia e a lira do jovem apaixonado foi colocada por Zeus entre as estrelas. Orfeu encontrou por fim Eurídice e, abraçando-a, nunca mais deixou de contemplá-la.